#06 - Como tem circulado O Corpo de Laura?
Nesta newsletter, falo um pouco da recepção da plaquete O Corpo de Laura mundo afora.
Olá,
Como vai você? Seja bem-vindo à Matryoshkaletter, a newsletter oficial do matryoshkabooks!
Aqui, falo sobre literatura, processos criativos e escrita desde o início de 2021. Nessa nova versão, passo a usar esse cantinho com maior enfoque no meu novo projeto, O Corpo de Laura, que consiste na produção de uma plaquete e, posteriormente, de um livro, em que exploro as linguagens da poesia e da fotografia a fim de investigar as temáticas do Corpo, da Identidade e da Linguagem no contexto do ser mulher.
No ano passado, esse projeto foi contemplado no Edital de Publicação Inédita em Poesia do ProAC (Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo) em primeiro lugar. Ou seja, o meu trabalho foi reconhecido e terá a sua publicação por meio de um Edital importante!
Desta forma, penso a newsletter também como um espaço para partilhar o que venho fazendo com o projeto, sua execução, minhas reflexões, dúvidas e indagações. Além de suscitar novos diálogos partindo da discussão que proponho em O Corpo de Laura, também tenho interesse em aproximar a minha dinâmica com o ProAC com os leitores, trazendo de forma mais crua e detalhada a experiência de se publicar por meio de um edital.
Nessa news, trato dos desdobramentos da recém-lançada plaquete O Corpo de Laura no mundo, em especial no que diz respeito à sua divulgação na mídia e à sua assessoria de imprensa.
Vem comigo?
Nesta última semana (que antecede meu aniversário - talvez haja algo aí também, não sei), retorno de fato à programação normal do @matryoshkabooks, mas também tenho estado bastante atenta e observadora às leituras que O Corpo de Laura vem recebendo. Afinal, desde o início, este era o objetivo central da plaquete - inclusive, ela foi lançada antes do livro em si com este intuito.
Tenho tido grandes surpresas a respeito dessa imersão dos leitores - principalmente, pelo fato de que O Corpo de Laura parece ter atravessado diversas bolhas da minha vida: seja através de pessoas que conheci por meio da escrita; de amigos meus da faculdade, clientes meus de assessoria de imprensa e, até mesmo, pessoas fora do meu círculo direto. Gente que me acompanha pelo Instagram, autores e autoras por quem nutro admiração.
A maioria desses comentários que tenho tido sobre a plaquete são sucintos, mas muito preciosos. Tenho gostado de coletar as palavras que vem surgindo de todos eles, como uma amálgama, um tecido conjunto - “deslumbre”, “relevo”, “entre”, “abraço”. Tem ficado cada vez mais evidente para mim, como escritora, que não dou conta de capturar todas as possibilidades de sensação, imagem e percepção - este é o convite que faço ao meu leitor.
Também reparo em como alguns poemas vem reverberando pelo público e como isso dialoga, mas rompe, com o processo de escrita e produção dessa plaquete. Vejo muita gente comentar e repostar “Fronteira”, um poema que foi encaixado de última hora, que não fazia parte do “grosso” inicial da obra.
Há uma subversão, um novo corpo criativo se formando a partir daqui. E tem me dado gosto acompanhar esse movimento :)
👉 Lembrando que, para quem não conseguiu adquirir no lançamento, ainda temos alguns exemplares de O Corpo de Laura no site: https://www.mochoedicoes.com.br/pagina-de-produto/o-corpo-de-laura
Seguindo a pausa da semana passada, esta última vem sendo mais agitada. Um acúmulo de tarefas, rotina apertada também. Notícias imensas que ainda não dei conta de digerir.
Primeiro, houve a chegada dos exemplares de envio para imprensa e para autografar para quem comprou, tenho me dedicado (principalmente a partir de quinta-feira) a montar pequenos press-kits para envios via assessoria de imprensa. Esses dias, circulei o meu bairro inteiro em busca de envelopes coloridos, adesivos, caixas, seda para embrulho, fitas para amarrar. Fiz cartinhas e etiquetas personalizadas. Estou animada e quero colocar a mão na massa logo!!
Ah, das notícias - O Corpo de Laura saiu no Listão da Quatro Cinco Um de fevereiro com um trecho do poema “Anônima”. Foi só saber disso que já saí em busca das bancas mais próximas, minha mãe de cúmplice comigo desta vez rs. Achei uma sacada genial a comparação do poema com Twin Peaks - na escrita deste poema, em específico, e dos materiais da plaquete, eu não sabia muito bem como fazer essa articulação, embora soubesse bem que ela estivesse ali…
Acho que, no fim das contas, o grande triunfo desse movimento de escrever é exatamente esse - os fios que os leitores puxam para além da nossa compreensão enquanto autores.
INDICAÇÕES
#01 - PODCAST: #22 - Maria Isabel Iorio (Leituras de Resistência 4), de Mulheres que Escrevem
Neste episódio da seção Leituras de Resistência do Podcast Mulheres que Escrevem, a poeta carioca Maria Isabel Iorio comenta sobre o poema “Beleza”, de Grace Passô. Ao longo da conversa, surgem assuntos como performance, palavra, corporeidade, dissidência e prazer se sobressaem, refletindo também os diálogos entre Passô, Iorio e a poesia contemporânea de autoria feminina.
Quer saber mais? Você escuta o episódio na íntegra por aqui: bit.ly/3YupdnS
NOVIDADES & LANÇAMENTOS
#01 - MOSTRA DE CINEMA: RETROSPECTIVA DAVID LYNCH, na Cinemateca Brasileira
Entre os dias 02 e 12 de fevereiro, a Cinemateca Brasileira (São Paulo) organiza uma mostra especial voltada à trajetória cinematográfica do cineasta estadunidense David Lynch, perpassando por trabalhos como Lost Highway (1997), Inland Empire (2006) além de episódios da série Twin Peaks (1990-91)
Saiba mais sobre a mostra aqui: bit.ly/3XfTbLn